Livro de estreia em que João Antonio, aos 26 anos, viu-se imediatamente apontado pela crítica como sucessor da tradição fundada por Mário de Andrade e Antônio de Alcântara Machado, na qual a literatura e a capital paulistana são indissociáveis. Os contos de abertura equilibram com maestria a emotividade de histórias simples e uma notável ausência de sentimentalismo. Os últimos instauram aquele que seria um dos temas primordiais da obra do escritor: o mundo da sinuca e da malandragem, com seus tipos, sua ética, sua estética, por meio de uma estilização brilhante da linguagem oral. Acompanha a edição um encarte, com fotos inéditas e um pequeno relato sobre as circunstâncias em que o escritor compôs a antologia que até hoje é considerada sua obra-prima. O encarte traz, ainda, a narrativa que constituiu a gênese do conto-título do volume, "Malagueta, Perus e Bacanaço".